12 de junho marca o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, sancionado pela ONU, um dia que lembra as palavras poderosas de Gandhi: “A verdadeira medida de qualquer sociedade pode ser encontrada na forma como ela trata seus cidadãos mais vulneráveis”.
As estatísticas são preocupantes. De acordo com o UNICEF e a Organização Internacional do Trabalho, 160 milhões de crianças em todo o mundo estavam envolvidas no trabalho infantil em 2020. Embora os últimos anos tenham visto mais uma vez progressos que acabaram com essas práticas, 138 milhões de crianças estão envolvidas no trabalho infantil. a partir de 2024. Esses não são apenas números — eles representam crianças muito jovens para trabalhar ou envolvidas em atividades perigosas que comprometem seu desenvolvimento físico, mental e educacional.
A realidade mais perto de casa
O trabalho infantil não se limita a países distantes. Está acontecendo em nosso próprio quintal, muitas vezes escondido até a tragédia acontecer. As recentes mortes evitáveis no local de trabalho nos EUA mostram um quadro nítido:
- Um jovem de 16 anos foi morto enquanto máquinas de desobstrução em uma serraria
- Um jovem de 16 anos morreu depois de ser preso em equipamento em uma fábrica avícola do Mississippi, trabalhando sob a identidade de um jovem de 32 anos
- Dois trabalhadores, de 14 e 19 anos, sufocaram em uma caixa de grãos após serem enviados sem equipamento de segurança adequado
Essas tragédias compartilham pontos em comum: falta de transparência nas práticas de contratação entre empregadores e contratados, supervisão insuficiente de funcionários terceirizados e falha em seguir os regulamentos básicos de segurança.
Construindo uma estrutura para proteção
À medida que os locais de trabalho se tornam cada vez mais interconectados por meio de cadeias de suprimentos, prestadores de serviços e agências de recrutamento, uma liderança clara e estruturas uniformes são essenciais para evitar o trabalho infantil e o abuso.
Três etapas críticas que toda organização deve adotar:
- Estabeleça processos claros: Fique em conformidade com a evolução das regulamentações de direitos humanos por meio de monitoramento e documentação sistemáticos. Isso significa criar procedimentos padronizados que todos os contratados e subcontratados devem seguir, com consequências claras em caso de não conformidade.
- Aproveite a tecnologia para obter visibilidade: Use as ferramentas certas para garantir que você saiba exatamente quem está trabalhando em seus sistemas e verifique suas credenciais. As plataformas digitais podem rastrear as credenciais dos trabalhadores em tempo real, identificar discrepâncias de idade e garantir que a documentação adequada flua em todas as camadas da sua cadeia de suprimentos. Essa tecnologia promove a responsabilidade ao impossibilitar que os malfeitores ocultem suas atividades em relacionamentos complexos com contratantes.
- Parceiro para a transparência: Sem a parceria e as ferramentas certas, você não tem visibilidade das práticas da sua cadeia de suprimentos. As cadeias de suprimentos modernas são redes complexas que envolvem vários níveis de empreiteiros, subcontratados e agências de recrutamento. Um único projeto pode envolver dezenas de empresas, cada uma com suas próprias práticas de contratação e padrões de supervisão. Essa complexidade cria pontos cegos onde práticas nocivas podem se esconder. Você pode ter padrões excelentes em seu nível de contratante principal, mas e quanto aos subcontratados?
A chave é ter um parceiro que entenda tanto a tecnologia quanto o cenário regulatório — alguém que possa ajudá-lo a criar sistemas conectados que não apenas marquem as caixas de seleção, mas também evitem que a exploração entre no ecossistema do seu local de trabalho. Não se trata de adicionar mais papelada; trata-se de criar sistemas inteligentes que permitem monitoramento, ação e melhoria baseados em riscos. No atual ambiente de negócios interconectado, a transparência não é opcional — é um imperativo comercial que protege tanto os trabalhadores vulneráveis quanto a reputação da sua organização.
Nossos mais vulneráveis merecem algo melhor. A questão não é se podemos nos dar ao luxo de agir — é se podemos nos dar ao luxo de não agir.




